Worldcoin lança sua própria rede blockchain ‘centrada no ser humano’

A Worldcoin introduz a World Chain, uma nova iniciativa blockchain projetada para priorizar os usuários humanos, aumentar a eficiência e promover a utilidade no mundo real em aplicativos Web3.

A Worldcoin, uma startup de moedas identidade fundada pelo CEO da OpenAI, Sam Altman, está avançando em sua abordagem ‘centrada no ser humano’ para o espaço Web3 com sua nova rede blockchain, World Chain.

Em 17 de abril, a Worldcoin anunciou a World Chain, uma nova iniciativa blockchain projetada para priorizar os usuários humanos, aumentar a eficiência e promover a utilidade no mundo real em aplicativos Web3.

A Worldcoin recentemente ultrapassou 10 milhões de IDs mundiais criados e 75 milhões de transações concluídas, sinalizando a rápida expansão do projeto. Sua própria rede dedicada foi projetada para escalar junto com a rede Ethereum mais ampla como uma camada 2 para atender às necessidades do projeto.

O Cointelegraph conversou com Tiago Sada, chefe de operações da Worldcoin, para entender melhor a intenção do projeto com sua rede e como planeja manter os humanos no centro.

Sada disse que, embora tecnicamente, a World Chain atue de forma semelhante a qualquer outra L2 e Ethereum, sua nuance é que prioriza humanos em relação a bots, com blockchains frequentemente enfrentando congestionamento devido à atividade de bots.

“Normalmente, o modo de funcionamento é que cada conta está lutando por espaço de bloco. Normalmente, como os bots podem se mover mais rápido e superar os humanos,” ele disse, “as redes ficam saturadas com todas as transações para bots, e os humanos têm o que sobra — muitas vezes, eles nem conseguem entrar.”

A solução da World Chain tenta resolver isso favorecendo transações concluídas por detentores verificados de IDs mundiais:

“Vai ser uma rede aberta e com permissões como qualquer outra, mas vamos priorizar transações para humanos para que suas transações definitivamente entrem, e então o restante do espaço de bloco é como qualquer outra blockchain.”

Além disso, Sada explicou como os usuários verificados receberão uma concessão de gás gratuita, minimizando o atrito para os novatos. O protocolo visa um equilíbrio em que bots e usuários avançados eventualmente cubram as taxas de gás para usuários casuais.

Ele explicou como a Fundação Worldcoin forneceria uma “concessão” para humanos verificados, que tornaria suas poucas transações mensais sem custo de gás.

“A ideia com isso é apenas tornar muito mais fácil para as pessoas começarem, para que não seja necessário passar pelas dores de desembrulhar e entender todas essas coisas.”

A rede se alinha com Ethereum e também colabora com projetos como Optimism e Base. A Worldcoin prevê um lançamento completo no verão, com uma prévia do desenvolvedor em breve.

Este anúncio vem na sequência de uma série de mudanças que o projeto vem implementando, incluindo o aperto de seus controles de privacidade para melhorar a proteção dos dados do usuário e garantir que sua plataforma esteja disponível apenas para pessoas com mais de 18 anos, permitindo também a exclusão permanente do código de íris do usuário.

Em 22 de março, a Worldcoin até mesmo tornou seu software Orb de código aberto e implementou um novo recurso de privacidade “custódia pessoal”.

Essas medidas seguem a fiscalização dos governos mundiais sobre suas práticas de privacidade, que levaram a algumas proibições temporárias de operações em países como Portugal, Quênia e Espanha.

Respondendo as fiscalizações, Saba disse que é apenas o processo natural de introdução de um novo protocolo que está “felizmente” escalando no ritmo da Worldcoin.

“Quando qualquer projeto começa a escalar, é trabalho do governo entrar e garantir que tudo o que o projeto está dizendo seja realmente verdade. E acho que isso é completamente natural.”